domingo, 3 de fevereiro de 2013

sobre relevância e ineditismo

O propósito deste blog é a falta de propósito. Ou propósitos nulos. 

Como assim: sempre gostei de escrever, mas desde que passei a fazê-lo na internet (tem uns seis anos isso) comecei a sentir o peso de uma porção de coisas que existem sobre um texto publicado. Quando você escreve para os outros supõe-se, com razão, que você tenha algo importante e/ou interessante para contar. Opiniões acertadas sobre fenômenos da política, da cultura ou da existência humana. Pontos de vista originais. Defesa acurada de opiniões, argumentação feroz e etc.

Acontece que desde aquela época nunca consegui me ver como uma pessoa de pontos de vista originais, relevantes ou formadora de opinião. Sempre achei que minhas opiniões são pouco perspicazes e revolucionárias. Na faculdade de jornalismo na qual me formei no final de 2012 várias disciplinas, em algum sentido, tentavam construir bons argumentadores. Numa delas, chamada justamente Jornalismo Opinativo, meu melhor trabalho foi uma crítica que comparava 2 Broke Girls e Apartment 23, duas séries de comédia. Pois é.


Só que nos últimos dias, apesar de já ter desistido da vida de produtora de textos autorais exemplares, me peguei precisando dividir algumas impressões sobre um livro que estou lendo. E não sei se é culpa do meu ascendente geminiano, dessa época onde nenhuma existência é completa se não for estendida à internet ou do fato de não poder importunar constantemente meus amigos com as minhas reflexões sobre o tal livro, mas concluí que a melhor forma de despejar o que eu andava pensando (sim, não falar sobre o que eu estava pensando mantinha minha mente congestionada e angustiada) era, olha só, escrevendo em um blog.

No entanto era necessário esclarecer desde o início a que viemos (e é essa a intenção deste post), assim eu ficaria livre para ser irrelevante sem culpa (algo que me culpava no meu outro blog, que alimento a grandes lapsos temporais desde 2007). Não sou especialista em nada, então tudo que direi aqui é o mais completo e descabido achismo. Chutes de uma leiga. Não tenho a pretensão de incitar debates, crises e mudança de opiniões. Muitas impressões podem provocar em quem manja mais do assunto em questão um "dãr" acompanhado de uma revirada de olhos. Muitas coisas aqui podem ser óbvias e evidentes. Se forem, você pode pensar, depois de ler: "só isso?". Sim, é só isso. 





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